viernes, 25 de junio de 2010

A DINASTIA DO "THE NEW YORK TIMES"


A DINASTIA DO "THE NEW YORK TIMES"


Foto Ilustrativa


"Os Ochs e os Sulzberger formam o clã mais poderoso do século XX, nos Estados Unidos. Além de deter o controle do The New York Times há mais de cem anos, sempre atuaram na mídia impressa, garantindo com isso uma posição de enorme influência que tem sido transmitida através de quatro gerações, como se fosse um direito hereditário".

Edição 39 - Dezembro de 2002

Estas palavras fazem parte do prefácio do livro The Trust, a primeira obra que narra a dramática saga desta verdadeira "monarquia moderna", como é considerada nos Estados Unidos. Seu início é marcado pela compra, em 1896, do The New-York Daily Times, fundado em 1815 por Henry Jarvis Raymond e George Jones. Adolph Ochs tinha então 38 anos.

De um pequeno jornal de quatro páginas, produzido em uma sala em downtown Manhattan, sob a mão firme do novo proprietário, e já com o nome de The New-York Times, o veículo tornou-se um dos pilares da imprensa norte-americana através das décadas. O livro The Trust foi escrito por Susan E. Tifft e Alex S. Jones, com total cooperação das famílias e ampla liberdade de pesquisa nos arquivos do jornal. Segundo os críticos, a obra é um retrato fiel de como Ochs, filho de imigrantes judeus alemães pobres, transformou um jornal que, em 1896, estava à beira da bancarrota, no mais respeitado e poderoso veículo do país.


Nascido em Cincin-nati (Ohio), em 12 de março de 1858, é filho de Julius Ochs, judeu erudito que chegou aos EUA em 1845, mudando-se com a esposa Bertha (Levy, de solteira) posteriormente para o Tennes-see. Aos 11 anos, Adolph Ochs abandona a escola para trabalhar e ajudar no sustento familiar. Em 1869 torna-se assistente da gráfica no jornal Knoxville Chronicle, recebendo um salário semanal de US$ 1,50. Foi nesse emprego que o então jovem Ochs começou a adquirir a experiência que o levaria ao sucesso, décadas mais tarde. Tornou-se repórter, gráfico e assistente de edição. Casou-se com Iphigene Wise, filha do rabino Isaac Mayer Wise e, em 1878, comprou o Chattanooga Times, tornando-se, então, aos 20 anos, editor.

Seu senso de oportunidade e sua perspicácia começaram a despontar logo após a aquisição do veículo no Tennessee, que se tornou rapidamente um dos jornais mais prósperos e respeitados no sul dos Estados Unidos. Foi nesse período que Ochs começou a desenvolver os princípios que o tornariam o editor mais influente da história da imprensa americana. Três anos após a compra do novo órgão de comunicação, Ochs conseguia vencer a concorrência da chamada "imprensa marrom", cujas armas principais eram o sensacionalismo e o baixo preço dos exemplares. Para enfrentar a concorrência, Ochs também reduziu o preço do jornal, aumentou a tiragem e provou que era possível conciliar boa circulação e bons lucros com jornalismo ético. Ochs foi pioneiro, também, na divisão interna do jornal entre uma linha editorial e, portanto, de opinião, e outra de pura informação. Sobre esta última costumava dizer: "Um dos nossos objetivos primordiais deve ser dar a informação, completa, de forma concisa e atraente".

Pelas palavras dos autores do The Trust, é possível ver como os valores familiares e os preconceitos de Ochs determinaram a linha editorial e a sua quase obsessiva e constante busca da objetividade na transmissão da informação. Ao morrer, em 1935, transmitiu a seus herdeiros o desejo de que o The New York Times conti-nuasse sempre devotado aos interesses do público e não presa dos desejos ou ambições de um ou outro grupo político. Esta postura fez-se presente também nos temas ligados à comunidade judaica, nos Estados Unidos e no mundo, e, posteriormente, nos relacionados com o Estado de Israel. Esse temor de que o jornal fosse considerado "defensor dos interesses judaicos" levou a tal imparcialidade que, inúmeras vezes, chegou a ser acusado, por segmentos da comunidade, de tenden-cioso em relação aos judeus e ao Estado de Israel. Respondia dizendo que a ameaça do anti-semitismo estava sendo usada por alguns judeus como cobertura política para algum tipo de nacionalismo o que ele abominava.

Segundo os autores do livro, "embora Ochs fosse extremamente consciente de sua herança judaica, seus vínculos religiosos o preocupavam por não querer misturá-los com a imagem e o sucesso do jornal. Fez tudo para mostrar à classe dominante não judia que os judeus poderiam ser cidadãos de referência, cunhando o slogan "Todas as notícias cabíveis merecem ser impressas". Era recatado e conseguiu manter-se distante das luzes da ribalta. Por isso, conseguiu criar um confortável muro entre ele e a elite não-judia, ao mesmo tempo em que conquistava seu respeito".

Durante o tempo em que esteve à frente do The New York Times, Ochs manteve-se fiel a este princípio, com uma única exceção. Dizem Tifft e Jones que foi justamente esta exceção o que o fez nunca abrir mão de seu princípio de isenção, não importando a que preço. Segundo a narrativa em The Trust, em 1915, o proeminente advogado e então presidente do American Jewish Committee, Louis Marshall, pediu a Ochs que usasse o jornal para apoiar seu cliente Leo Frank, condenado à morte sob a acusação de abuso sexual e de assassi-nato de um operário em uma fábrica na Geórgia. Frank seria executado em junho daquele ano. Como o julgamento havia sido marcado por claras demonstrações de anti-semitismo, o The New York Times lançou uma campanha para persuadir o governador a mudar a sentença para prisão perpétua, o que de fato acabou acontecendo.

Dois meses mais tarde, uma multidão furiosa invadiu a prisão onde Frank estava e o enforcou. Embora Ochs estivesse abalado pelo fato, as histórias publicadas pelo jornal não deixavam dúvidas de que o anti-semitismo latente no seio da população da Geórgia fora o principal responsável pela violência contra Frank. No mesmo período, o jornal recebeu inúmeras mensagens críticas à sua abordagem do tema, incluindo uma do The Macon Telegraph afirmando que "fora a interferência externa dos judeus, principalmente a "ofensiva propaganda" do The New York Times, a responsável pelo linchamento de Frank".


Nunca mais Ochs permitiu que o jornal fosse usado em prol de causa alguma. A partir daquele evento, passou a lidar com cautela ainda maior as questões que envolvessem judeus tudo para evitar que fosse definido como "pró-judaico" exigindo, inclusive, um rigor excessivo em todos os assuntos judaicos. Por sua determinação, a cobertura dos fatos ligados ao anti-semitismo, na Europa, só ganharam mais espaço nas colunas do The New York Times quando Hitler assumiu o poder, em 1933, e a sua política contra os judeus já não podia mais ser negada. E esta linha foi mantida mesmo por seu sucessor, Arthur Sulzberger, como veremos abaixo, que parecia mais preocupado com o fato de pensarem que ele dirigia um "jornal judaico" do que com a ascensão de Hitler.

Durante os primeiros anos de Ochs como editor do jornal, ele introduziu novas seções, entre as quais a Book Review e o The New York Times Magazine. Aumentou o número de repórteres e correspondentes, reinvestindo os lucros em novas sucursais, além de comprar novos veículos, entre os quais o Philadelphia Times e o Philadelphia Public Ledger. Foi esta estratégia que permitiu ao jornal ampliar a sua cobertura e levar aos seus leitores ampla gama de notí-cias e assuntos.


A trajetória do The New York Times está cheia de grandes reportagens jornalísticas que marcaram sua história. Contando com profissionais de alto nível, nos Estados Unidos, e correspondentes em algumas regiões estratégicas da Europa, conseguia sair na frente de seus concorrentes enquanto estes ainda tentavam adivinhar o que estava acontecendo. Em 1912, foi o único jornal a noticiar o naufrágio do Titanic. Seu correspondente na Europa descobriu que, trinta minutos após o pedido de socorro, ainda não houvera nenhuma comunicação com as autoridades. Assim, no dia seguinte, a manchete do jornal estampava "O navio afundou", enquanto os demais publicavam uma história incompleta sobre o ocorrido. Ochs continuou como membro do Comitê Executivo do jornal e diretor da Southern Associated Press, por ele fundada em 1890, até a sua morte.

Cem anos de sucesso

Em 1996, o The New York Times comemorou o centenário da sua compra por Adolph S.Ochs, bisavô do atual presidente da empresa e editor do jornal, Arthur Sulzberger Jr. Ao completar cem anos sob a tutela Ochs-Sulzberg e a quarta geração à frente do veículo, o jornal comemorou não só os bons resultados do programa, de dez anos, para aumento de capital, mas também a construção de um parque gráfico equipado com a mais moderna tecnologia do setor, em College Print, no bairro do Queens.

Ochs foi sucedido por seu genro, Arthur Hays Sulzberger, casado com sua filha, Iphigene. Foi sob a gestão deste que o The New York Times se tornou um dos jornais mais influentes do mundo. Ele supervisionou a cobertura da Grande Depressão, a Segunda Guerra Mundial (quando o jornal mantinha acima de 50 correspondentes estrangeiros mais do que qualquer outro veículo no mundo), a Guerra da Coréia e outros grandes acontecimentos do século XX. Sob sua direção, o veículo passou a abordar temas mais especializados e sua equipe de profissionais não se limitava a apenas relatar as notícias, mas também a analisar os fatos, mostrando aos leitores não somente o que acontecera, mas também como e por que tal evento era ou não importante. Ao se aposentar, em 1961, Sulzberger deixava um jornal que registrara um crescimento de 40% na circulação diária e dobrara as vendas da edição dominical.

Durante sua gestão, Sulzberger enfrentou o grande desafio de manter a imparcialidade tão defendida por seu sogro, mesmo diante das atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus. Seus editores tinham ordens de não "dar muito espaço" ao empenho do American Jewish Committee em ajudar os judeus europeus. Quando os líderes sionistas o acusaram de parcialidade na apresentação das notícias, retrucou acusando-os de terem feito com que ele de "não-sionista" se tivesse convertido em "anti-sionista".

No entanto, apesar de não erguer uma bandeira em defesa das comunidades judaicas distantes, Sulzberger encorajava a sociedade norte-americana a defender o "American way of life", exortando subliminarmente os Estados Unidos a ajudar a Europa contra a ameaça que Hitler representava. Se, por um lado, manifestava preocupação com o destino dos judeus, por outro não fazia desta uma postura constante, publicando apenas esporadicamente artigos sobre o que acontecia no continente europeu. Na edição de 11 de novembro de 1938, por exemplo, publicou em primeira página uma reportagem sobre o trágico evento, na Alemanha, que se tornou conhecido como a "Noite dos Cristais".

Mas o receio de ser identificado como veículo "pró-judeus" jamais abandonou Sulzberger. Assim, quando foi anunciada a libertação do campo de concentração de Dachau, apesar de divulgada na primeira página do The New York Times, a notícia não fazia menção alguma sobre os judeus. Em 1948, o jornal se recusou a endossar a Declaração de Independência do Estado de Israel. Tudo em nome da herdada "objetividade jornalística".

O lugar de Sulzberger foi ocupado por seu genro, Orvil E. Dryfoos. Uma das grandes marca de sua gestão foi a cobertura, de alto nível, do movimento pelos direitos civis. Dois anos depois, Dryfoos morreu subitamente, sendo sucedido por Arthur Ochs Sulzberger – cujo apelido era "Punch", filho de Arthur Hays Sulzberger e neto de Adolph S. Ochs. Nascido em 1926, antes de assumir o cargo teve que mostrar o seu talento, pois seu avô não acreditava que ele teria um futuro brilhante. Após um período de experiência na imprensa local e estrangeira, entra para o grupo familiar, em 1961, e torna-se editor, em 1963. Durante 29 anos, esteve à frente do jornal, diante de alguns dos maiores problemas e desafios já enfrentados pelo veículo.


Sob sua gestão, ampliou o quadro de profissionais e passou a exigir maior especialização em várias áreas, como economia, meio ambiente, medicina, ciên-cias e direito. Para tornar o jornal mais atraente para o público leitor, empreendeu um projeto de reformulação gráfica e aumento de seções semanais, entre as quais, Sports Monday, Science Times, Living, Home and Weekend. Investimentos em novas tecnologias, principalmente na produção de papel, levaram a crescimento sem precedente na circulação e na publicidade.

Foi sob seu comando que o jornal fez uma cobertura ampla da Guerra do Vietnã, que incluía uma reportagem sobre os chamados "Pentagon Papers", em 1972, revelando a história secreta do pré-guerra, o que lhe valeu o Prêmio Pulitzer. Durante a década de 1970 e 1980, a empresa New York Times comprou revistas, editoras, redes de televisão, pequenos jornais e se tornou proprietária do International Herald Tribune. Em 1979, "Punch" assumiu a presidência do jornal e assumiu a chefia de seu Comitê Executivo, mantendo-se nos dois cargos até 1997. Em 1992, aos 40 anos, seu filho Arthur Ochs Sulzberger Jr., bisneto de Adolph Ochs, torna-se editor, após quatro anos como vice-editor.

Ainda durante a gestão de "Punch", em 1986, todos os descendentes do fundador do The New York Times assinaram um documento segundo o qual as ações da The New York Times Company só poderiam ser vendidas para pessoas estranhas ao círculo familiar. Após a morte da filha de Adolph Ochs, Iphigene esposa de Arthur Hays Sulzberger o patrimônio foi dividido em quatro partes, sendo cada uma controlada por um dos quatro ramos da família. Logo em seguida, os herdeiros da quarta e quinta-geração dos Ochs-Sulzberger reunificaram suas partes, incorporando o sentimento de fazerem parte de uma única família.

Desde que assumiu como editor, Sulzberger Jr. envolveu-se totalmente na vida do jornal. Ajudou no planejamento dos novos centros de impressão a cores e de distribuição em Edson, New Jersey, e em College Point, no Queens. Participou diretamente dos novos projetos gráficos das seções de Esporte e Cidade, dando impulso à diversificação dos profissionais e da cobertura noticiosa. Em 1997, as rotativas localizadas na 229 West 43rd Street rodaram pela última vez. Em suas novas instalações, o The New York Times preparava-se para uma nova geração de leitores e anunciantes.


Ainda em 1997, foram introduzidas cores nas páginas da edição diária, além de serem lançados cadernos especiais de Esportes e Artes, também diários, totalmente a cores. Novo projeto gráfico foi elaborado para as seções temáticas como Science Times, Dining In/Dining Out, House & Home, Weekend and Circuits, que também passaram a ser coloridas. A cor finalmente chegou à primeira página, na edição de 16 de outubro de 1997. Nesse mesmo dia, Sulzberger Jr. foi eleito presidente do Conselho da The New York Times Company, mantendo ainda o cargo de editor do jornal. Em 2000, foi eleito editor do ano; em 2001, apareceu no topo da lista das grandes fortunas da imprensa; em março de 2002, a The New York Times Company foi escolhida "a empresa norte-americana mais admirada pelo público". E, em abril do mesmo ano, recebeu sete dos 14 Prêmios Pulitzer 2002 pela cobertura dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, nos EUA.

Cartas


Em relação ao belo artigo sobre a família Sulzberger e o jornal The New York Times, gostaria apenas de acrescentar que esta família descrita como sendo de judeus-alemães, esquece ou esconde um ramo que é basicamente de judeus portugueses, no qual sobrenomes como Mendes Peixoto, Campos Pereira, Mendes Seixas, Maduro, Viera e Lopes identificaram os ancestrais próximos de Arthur Ochs Sulzberger, o atual patriarca da família.

Edição 40 - Março de 2003

http://www.morasha.com.br/edicoes/media/linha.gif

Entre todos estes ancestrais há também uma brasileira nascida em
Recife, que pertenceu ao enclave holandês formado naquela cidade durante o século XVII.

Os judeus holandeses eram em sua maioria, naquele período, cristãos-novos ibéricos ou seus filhos, que fugiram dos rigores da Inquisição, para desfrutar a relativa tolerância religiosa dos Países Baixos. Quando os holandeses ocuparam Pernambuco, muitos judeus aproveitaram a oportunidade para voltar ao mundo ibérico. Eles permaneceram no Brasil até a expulsão dos ocupantes holandeses. Nestes anos, desenvolveram atividades comerciais e, como era natural, religiosas também. Interagiram com cristãos-novos locais, estabeleceram sinagogas, trouxeram rabinos.


Um destes rabinos, Isaac Aboab da Fonseca, nascido como cristão-novo em Castro Daire, Portugal, é considerado o primeiro rabino do hemisfério ocidental. Ele pertencia a uma velha dinastia rabínica espanhola e que na expulsão dos judeus da Espanha optou por Portugal, país no qual seus descendentes tiveram que se converter ao catolicismo em 1497, e onde nasceu Simão da Fonseca, que alteraria seu nome quando foi para a Holanda integrando-se ao judaísmo. Isaac Aboab casou-se e teve filhos e, destes, netos e netas, descendência que chegou até os nossos dias.

Levantando a genealogia dos primeiros judeus que chegaram aos EUA, o rabino Malcolm H. Stern encontrou a pernambucana Rachel, de quem ele não conseguiu identificar os pais, mas, que baseado em outras evidências, atribuiu-lhe o sobrenome Aboab, entroncando-a na família do primeiro rabino brasileiro. Ainda não temos muitos elementos sobre esta matriarca brasileira. Sabe-se apenas que ela se casou com Moses Cohen, filho de Diogo Mendes Peixoto. O filho do casal, Josuah Cohen Peixoto, nasceu em Caiena, em 1663, mas foi casar-se em Amsterdã com Ester de Jacob Cohen Peixoto, originária de Bordeaux. O casal teve um filho, Daniel Cohen Peixoto, que saiu de Amsterdã para Curaçao. Sua esposa, Grcia de Abraham Campos Pereira, pertencia também a famílias portuguesas. A filha de ambos, Leah Cohen Peixoto, casou-se o curaçaense Samuel Levy Maduro Peixoto, em 1765, e tiveram Moses Levy Maduro Peixoto, que se casou com Judith de Samuel Lopes Salzedo. Eles tiveram Daniel Levy Maduro Peixoto, e este se casou com Rachel Mendes Seixas, de uma família que chegou aos EUA em 1730, vinda de Portugal, onde tinham vivido como cristãos-novos quase dois séculos e meio.

Daniel Levy Maduro Peixoto
(1767-1828), foi um médico importante em New York, e de seu casamento com Rachel Mendes Seixas teve dois filhos. Um deles, Judith Salzedo Peixoto, casou-se com David Holis Hays, e tiveram Rachel Peixoto Hays, em 1861. Ela rompeu com a tradição de casamentos entre judeus portuguses (Portogeese Joden) e casou-se com o judeu ale- mão Cyrus Lindauer Sulzberger. O filho deste casal, Arthur Hays Sulzberger, casou-se com Iphigene Bertha Ochs, filha e herdeira de Adolph Simon Ochs, cria-dor do The New York Times. Ele sucedeu ao sogro na direção do jornal, que repassou o cargo ao filho Arthur Ochs Sulzberger, atual presidente do grupo.

Assim, quase oculta na genealogia de uma família da aristocracia judaica norte-americana, onde encontramos rabinos importantes, comerciantes e médicos, empresários e editores do mais conhecido jornal mundial, encontramos também uma pernambucana quase anônima, a recifense Rachel, como a matriarca de todos.

(Fonte: Stern, Malcolm H., First American Jewish Families, 600 Genealogies, 1654-1988, Baltimore, 1991)
Paulo Valadares
Historiador, Sociedade Genealógica Judaica do Brasil - São Paulo, SP

lunes, 14 de junio de 2010

Incendi e persecuzioni anticattoliche seguirono nel 1931 la nascita della Seconda Repubblica






L'Osservatore Romano - 14-15 giugno 2010

Incendi e persecuzioni anticattoliche seguirono nel 1931 la nascita della Seconda Repubblica

Quando in Spagna c'erano troppi conventi


La cronaca degli assalti nei rapporti inviati dal nunzio Federico Tedeschini al segretario di Stato Eugenio Pacelli
di Vicente Cárcel Ortí
Per capire i tragici avvenimenti della Spagna dopo lo scoppio della guerra civile (18 luglio 1936) è necessario conoscere la travagliata storia della Seconda Repubblica, riconosciuta dalla Santa Sede dopo la sua autoproclamazione (14 aprile 1931) - nonostante i dubbi sulla legittimità politica del governo provvisorio - al fine di rispettare l'ordine pubblico e garantire i diritti della Chiesa e dei cattolici. Tuttavia, appena un mese dopo, il 10 e 11 maggio, il nuovo regime mostrò il suo vero volto, con un triste biglietto da visita: la violenza fu scatenata contro la Chiesa, con la complicità delle autorità.
"Non è certamente facile per chi le ha vissute fare la cronaca delle giornate incendiarie perpetrate nei primi giorni di questa settimana in questa Nazione. Gli occhi vedono tuttora le immense colonne di fumo che nei vari punti della Capitale si alzavano dalle enormi fiammate che avvolgevano chiese e case religiose fra l'imperversare di notizie sempre più gravi che sconvolgevano ogni concetto tradizionale di questa amata Nazione che si era sempre mostrata cattolica per eccellenza. La cronaca, oltre che difficile, sarebbe incompleta. Ma intanto, in attesa di raccogliere le notizie particolari di tutti i luttuosi fatti, mi permetto di unire al presente penosissimo Rapporto le cronache e le fotografie dei numeri di questi giorni dei giornali "Ahora" e "Nuevo Mundo" e che non possono essere tacciati di esagerare i fatti essendo repubblicani. Da esse appare la crudele tragicità dei fatti avvenuti. Ma che sarebbe, se si potesse raccogliere, la storia di tutti i patimenti personali dei poveri religiosi". Con queste parole iniziava il rapporto inviato dal nunzio Federico Tedeschini al cardinale Eugenio Pacelli il 15 maggio 1931.
Ma se per la storia ci si può ridurre alla cronaca riportata dai giornali dell'epoca, è necessario invece fare alcuni rilievi più importanti sull'atteggiamento avuto dal governo in quell'ora così infausta per la Chiesa.
Non si può certamente dire che le autorità avessero provocato il movimento anticattolico; ma è facile dimostrare che non fecero nulla per impedirlo. Quanti assistettero agli incendi della mattina del tragico lunedì 11 maggio, affermarono concordemente che si trattava di non numerosi gruppi di facinorosi per i quali sarebbe bastata una mezza dozzina di guardie che naturalmente avessero fatto il loro dovere. Invece non solo le guardie non fecero nulla per prevenire i disordini, ma rimasero spettatrici inerti degli incendi. I vigili del fuoco, una volta arrivati sul posto, non poterono intervenire perché si videro minacciati dai gruppi incendiari e non furono protetti dalla forza pubblica: anche loro rimasero spettatori fino al momento in cui il fuoco cominciò a minacciare le case. Solo allora fu consentito il loro intervento.
Il governo dichiarò che non poteva difendere tutti i conventi esistenti in Madrid perché troppo numerosi. Si poteva però rispondere molto facilmente a questa osservazione che se ne poteva difendere almeno uno. Inoltre è facile osservare che il movimento incendiario non si sviluppò simultaneamente in diversi luoghi: cominciò la mattina alle 11 e si propagò solo successivamente ai diversi centri. Se le prime manifestazioni incendiarie fossero state represse, il movimento probabilmente non sarebbe continuato.
Il governo accusò dell'accaduto i gruppi monarchici, perché nella sera di domenica 10 maggio un gruppo di loro aveva gridato "viva la monarchia", "viva il re", provocando un conflitto che presto dilagò in una dimostrazione contro il giornale monarchico "Abc". Ma non c'è nessun collegamento tra questi fatti e quelli successivi, tanto più che i conventi religiosi non avevano nulla a che fare né con i monarchici né con altri partiti, né è stato trovato alcun nesso fra il diverbio fra monarchici e repubblicani e la deflagrazione fanaticamente e antireligiosa scoppiata il lunedì 11 e il martedì 12 in altre città della Spagna.
Le autorità, inoltre, accusarono dell'accaduto gruppi estremisti di sinistra, specialmente anarchici e comunisti. La responsabilità però non erano solo loro, ma anche di chi non pose alcun ostacolo alle violenze. Il governo dichiarò poi che le disposizioni date non furono seguite dalla Pubblica Sicurezza. Ma vi erano altri corpi a cui ricorrere. Infatti gli incendi terminarono quando le autorità diedero ordini in proposito all'esercito. Va notato inoltre che dopo l'intervento dell'esercito e la proclamazione dello stato di assedio - alle 14,30 del lunedì 11 - si registrò l'assalto e l'incendio del convento delle Dame del Sacro Cuore nel quartiere madrileno di Chamartín.
Per spiegare l'atteggiamento del governo furono dette molte cose. Alcuni osservarono che a Madrid furono assaltate solo chiese e conventi di religiosi. Questo potrebbe portare a pensare che le autorità avessero voluto preparare una giustificazione per la prevista soppressione di tutti o di alcuni degli ordini religiosi, per sostenere poi che la volontà del popolo si era manifestata in questo senso che a essa doveva dare soddisfazione.
Questo per Madrid. Ma per ciò che riguarda le provincie, la cosa fu di gran lunga peggiore. Dalla periferia giunsero notizie terrificanti. L'Andalucía portò disgraziatamente la palma. In Málaga e in Alicante tra chiese e case gli edifici incendiati furono una ventina, e fra essi il palazzo vescovile della diocesi malacitana, retta dal vescovo, oggi beato Manuel González García. Fatti simili si registrarono a Valencia, Sevilla, Granada, Cádiz, Cartagena, Córdoba e in altri centri minori.
Grande impressione produsse tra la popolazione la dispersione di religiose e religiosi: in abito secolare andavano randagi per le loro provvisorie dimore; la maggior parte tornano alle loro case, con inevitabile pericolo per lo spirito della loro vocazione. Ma non furono solo i religiosi e le religiose a essere ridotti a dover portare abito civile. A Madrid e altrove, anche i sacerdoti furono costretti a togliersi l'abito talare, indossare il quale in luoghi pubblici sarebbe risultato molto pericoloso.
Inoltre il governo chiuse l'unico organo di stampa che poteva farsi portatore del dolore dei cattolici ed emettere qualche misurata protesta. Nell'ambito dei provvedimenti tesi a eliminare tutto ciò che potesse impedire il consolidamento della Repubblica, il governo soppresse il quotidiano cattolico di grande diffusione e autorevolezza "El Debate", diretto dal futuro cardinale Ángel Herrera Oria, il quale, a lode del vero, non aveva mai combattuto la Repubblica, e aveva sempre rettamente interpretato il pensiero della Chiesa, e specialmente le istruzioni della Santa Sede sulle elezioni politiche.
Appena giunsero in Segreteria di Stato le prime notizie su questi gravi fatti, il cardinale Pacelli si affrettò a telegrafare al nunzio Tedeschini pregandolo, il 14 maggio, di comunicare al governo che la Santa Sede altamente deplorava le profanazioni e gli atti di fanatismo antireligiosi verificatisi in quei giorni, chiedendo che cosa le autorità intendessero fare per impedire che tali eccessi potessero ripetersi e esigendo il risarcimento dei danni arrecati a persone e cose sacre.
Ricevuto il messaggio, il nunzio chiese immediatamente udienza al presidente del governo provvisorio della Repubblica, Niceto Alcalá Zamora, che reggeva anche il dicastero degli Esteri, per l'assenza del titolare, Alessandro Lerroux, che si trovava a Ginevra. Al solo vedere il rappresentante pontificio, il presidente comprese che la sua presenza significava l'espressione non solo del suo dolore, ma, quel che più contava, del dolore della Santa Sede per gli orribili fatti che avevano funestato Madrid e altre città della Spagna, e avevano meravigliato e scandalizzato il mondo intero, il quale ben altro poteva e doveva aspettarsi dal governo di una nazione tradizionalmente cattolica.
Tedeschini consegnò al presidente la nota nella quale era contenuta l'energica protesta della Santa Sede. Durante la sua lunga conversazione, questi sostenne che disgraziatamente gli ordini del governo non erano stati eseguiti dalle forze di Pubblica Sicurezza. Il nunzio già aveva saputo da parte del ministro della Gobernación(Interno), Miguel Maura, che la Pubblica Sicurezza si era rifiutata di eseguire gli ordini impartiti dal governo: cosa che motivò le dimissioni di Maura, fatte poi o ritirare o sospendere dai colleghi. Le autorità, fu spiegato, ritennero dunque di non intervenire per non spargere sangue. Ma certamente non c'era bisogno di particolare fermezza per far dileguare i gruppi di incendiari che non erano né numerosi, né valorosi. Infine, il presidente disse al nunzio che "i Conventi di Madrid sono tanti, che anche all'esercito sarebbe stato impossibile difenderli tutti".
Quella del numero di conventi esistenti nella capitale e nelle provincie, osservò ancora il presidente, è una questione che si doveva trattare e risolvere nelle Cortes; ma è opportuno ricordare che parlare del numero eccessivo di fondazioni religiose, era lo stesso che parlare del numero dello opere di cultura e di carità esistenti in Spagna. E poi, nessuno ricordava o nessuno sapeva che se erano molte le fondazioni esistenti la ragione era che il popolo le voleva e le reclamava, e i politici le appoggiavano.
Quanto alla domanda su che cosa il governo intendesse fare per impedire il ripetersi dei deplorati disordini, il presidente sostenne che le misure prese mediante lo spiegamento della forza, e le punizioni inferte a governatori, al direttore generale di Pubblica Sicurezza e ad altri funzionari, oltreché i giudizi che disse essersi istruiti contro alcuni che furono colti in flagrante, provavano la volontà e il proposito del governo di impedire che si ripetessero tali eccessi.
Tedeschini riferì a Pacelli quanto Alcalá Zamora gli disse, ma aggiunse: "Ma chi si fida di promesse per un domani che tutti qui temono come oltremodo minaccioso e fosco?".
Sui risarcimenti infine, il presidente sperava che la Santa Sede si rendesse conto della situazione della finanza spagnola. E poi, quando le Cortes avrebbero discusso la riduzione delle case e dei conventi religiosi, allora si sarebbe potuto affrontare anche il tema del risarcimento di danni e trovare la soluzione più conveniente.
"Ma se debbo dire la impressione mia e di non pochi altri - affermò Tedeschini - pare a me di vedere che la tendenza del governo cammina sempre più verso la vera sinistra: un governo di sempre più marcato carattere radicale socialista mi pare il governo che va a delinearsi e ad affermarsi ogni giorno più, auspice il ministro di Giustizia che è il più settario e il più fanatico".
Nonostante la spiegazioni fornite dal presidente, una delle cause maggiori dei vandalismi incendiari di chiese e case religiose fu l'inattività del governo, riconosciuta pubblicamente dal ministro dell'Interno, Miguel Maura, in un discorso di propaganda elettorale tenuto a Zamora il 14 giugno. Egli, dopo aver deplorato con veementi parole i fatti di quei giorni, dopo accusato anche i cattolici, che non seppero difendere le loro chiese e non fecero altro che contemplare inerti il triste spettacolo, passò risolutamente ad attaccare l'esecutivo di cui faceva parte affermando che "negli ambienti governativi si credette che un regime venuto dal popolo doveva sopportare e consentire gli eccessi di una parte insignificante del popolo, che voleva manifestarsi in quella forma". "Gravissimo errore - disse il ministro - tutto quello che era autorità, rimase inattivo, perché si credeva che così si difendesse meglio la Repubblica. Che errore!".
Questo discorso dimostrò che la non mai abbastanza deplorata politica del governo del lasciar fare e lasciar passare ogni sorta di vandalismo sacrilego non era stata il frutto di un momento di incertezza o di sorpresa, ma era stata determinata da una decisione precisa. Ebbe il coraggio di dirlo il ministro degli Interno, il quale riferì al nunzio che, avuto sentore di quanto si tramava, cercò di impedirlo. Ma i colleghi non gli permisero reagire. Egli allora, alle 9 di mattina del lunedì 11 maggio, vedendosi nella impossibilità di fare il suo dovere, si dimise e rimase sollevato dall'incarico fino alle 11 di sera, quando il governo lo autorizzò a prendere misure di contenimento dei disordini. Solo allora riassunse il potere e nel primo Consiglio di ministri portò una lista di provvedimenti da assumere, come ad esempio la destituzione dei governatori implicati.
È molto importante fissare questo punto delle responsabilità governative negli incendi di maggio, perché l'esecutivo provvisorio dichiarò nella seduta inaugurale delle Corti costituenti: "Noi veniamo colle mani monde; monde di sangue e monde di cupidigie". Ma, si domandava il rappresentante pontificio: "E le chiese e conventi distrutti, e le povere Comunità disperse, e la coscienza nazionale ferita, e la Chiesa perseguitata, e la Spagna scattolicizzata, che cosa debbono rispondere?". Un anno dopo, al giungere il luttuoso anniversario dell'11 maggio 1931, il nunzio, debitamente autorizzato dal cardinale Pacelli, preparò la corrispondente protesta, e la consegnò al ministro degli Esteri dicendogli: "Non le farà maraviglia che in questo tristissimo anniversario la Santa Sede, per la quale il tempo non passa e meno ancora la memoria, si creda nel doloroso dovere di reiterare la protesta, che per così nefandi delitti elevò l'anno scorso, e con la protesta di rinnovare quella domanda di indennizzo e di riparazione, che fece anche allora, e che non è stata soddisfatta neppure a parole".
Intanto, nel corso di quell'anno, da altre parti della Spagna venivano segnalati altri attentati contro chiese ed edifici sacri: anzi, non passava giorno senza che i periodici riportassero simili vandalismi. In uno stesso giorno i quotidiani riferirono due attentati contro chiese: il primo a Turón, nella diocesi di Oviedo, dove scoppiarono due bombe che causarono gravi danni; l'altro contro la chiesa della consolazione in Doña Mencía, presso Córdoba, che fu incendiata, e della quale rimase in piedi solo la torre campanaria e qualche muro. Si trattava di una chiesa artistica di stile mudéjar. Nella stessa Madrid si ebbe un tentativo di incendio della chiesa del Carmine, situata in una delle più centrali vie della capitale. Numerosi furono questi attentati in ogni parte della Spagna ed è impossibile riferirli tutti.
E non solo la malsana passione incendiaria si sfogava contro chiese e conventi, ma incominciò anche contro i palazzi vescovili. Si trattò insomma di una vera follia incendiaria che, se non sempre raggiungeva i suoi intenti, tuttavia eccitava gli elementi perturbatori che vedevano dinanzi a sé un campo aperto per le proprie tendenze delittuose e sacrileghe. Questo gravissimo pericolo fu compreso anche dalla stampa repubblicana, che fece apparire alcuni articoli di protesta. Gli stessi giornali richiamavano al loro compito di vigilanza e difesa le autorità repubblicane per il decoro della stessa Repubblica.
Il 20 ottobre 1932 ebbe luogo il primo processo contro un incendiario. L'accusato, Antonio Fernández Soto, era stato sorpreso il tragico giorno 11 maggio 1931 mentre dava fuoco alla porta del Convento de las Comendadoras de Santiago a Madrid. Il fatto era più che provato, perché l'accusato era stato colto in flagrante; malgrado questo i giurati non giudicarono l'imputato colpevole e questi fu assolto e scarcerato immediatamente.
Questo verdetto non solo era solo una offesa alla giustizia, al sentimento religioso e alla serietà dei procedimenti penali, ma un precedente per i seguenti processi che servì ad assicurare (non con la presunzione di reato, ma con una prova) l'immunità a incendiari e depredatori di chiese, che proseguirono con maggior tenacia nelle loro imprese. La prova di questo amaro risultato si ebbe a Sevilla dove fu incendiata un'altra chiesa, che oltre a essere un edificio sacro era anche un monumento artistico del XVI secolo. Altri casi del genere si registrarono alla fine del 1932.
I giornali non sempre erano in grado di riferire tutti gli incendi e tutte le devastazioni di chiese. Ma per la loro quotidiana ripetizione, come sottolineava il quotidiano "El Debate", questi fatti passavano alla categoria di abituali. Occorreva quindi elevare ancora una volta il grido d'allarme in nome della religione, dell'arte e della civiltà, e proclamare che era ora che si intervenisse perché non si fosse verificato neppure un altro incendio.
Ma mentre i governanti si mostravano tanto attenti quando si trattava di dettare disposizioni legali lesive dei diritti di proprietà della Chiesa, non si preoccupavano affatto di dettare misure energiche per salvare gli edifici sacri dall'ondata di furore sacrilego; anzi lo stesso potere giudiziario, ultimo baluardo della giustizia almeno sotto l'aspetto della pena da infliggere ai criminali, mostrava di decadere assolvendo e rimandando liberi colpevoli pronti a compiere altre sacrileghe imprese.
La follia incendiaria, che sinistramente illuminò gli inizi della Seconda Repubblica, non cessò negli anni successivi. Se gli incendi non divamparono più così numerosi come nel maggio 1931 - il che non sarebbe stato tollerato neppure dal mondo civile - una coda di violenze serpeggiò in diversi luoghi fra templi ed edifici sacri fino al 1936.

(©L'Osservatore Romano - 14-15 giugno 2010)

jueves, 3 de junio de 2010

El influyente Club Bilderberg se reúne desde hoy en Sitges

EL PAIS

El influyente Club Bilderberg se reúne desde hoy en Sitges

La Reina Sofía acude a la cita de esta organización formada por jefes de Estado, presidentes de empresas y banqueros

PERE LOBATO / AGENCIAS - Sitges / Barcelona - 03/06/2010



El hotel Dolce de Sitges es esta mañana el centro de muchas miradas, por la importancia de los clientes que se hospedan en él,aunque es muy poco lo que se puede ver de él. Los Mossos d'Esquadra han desplegado un amplio dispositivo de seguridad alrededor del hotel, cortando la carretera que da acceso a la zona de Can Girona, donde se encuentra el centro hotelero. El Club Bilderberg, que agrupa a presidentes de empresas, bancos, jefes de Estado, miembros de las monarquías europeas y a las personas más influyentes del mundo, se reúnen aquí para debatir temas económicos y políticos sin hacer públicas sus conclusiones. A la reunión se espera la asistencia, entre otros, de la Reina Sofía y del presidente del Gobierno español, José Luis Rodríguez Zapatero, que también ha sido invitado a las jornadas donde se debaten temas económicos y políticos sin hacer públicas las conclusiones.

Sofía de Grecia. Reina de España
A FONDO
Nacimiento:
02-11-1938
Lugar:
Atenas

Jaap De Hoop Scheffer
A FONDO
Nacimiento:
03-04-1948
Lugar:
Amsterdam

José Luis Rodríguez Zapatero
A FONDO
Nacimiento:
04-08-1960
Lugar:
Valladolid
El puñado de curiosos y los muchos periodistas que están cubriendo el encuentro se tienen que conformar con estar a 500 metros del Dolce. Durante la mañana, se han podido ver coches de lujo llegar a la zona, con los cristales tintados para garantizar la discreción de sus ocupantes. Los pocos vecinos que residen cerca, que tienen prohibido estar en la zona con cámaras de vídeo o fotográficas, tampoco se han dejado ver. Para ir a sus casas tienen que estar acreditados, y no pueden recibir visitas. Fuentes de la cadena hotelera han señalado que no pueden "confirmar ni desmentir" la presencia de personalidades durante estos días aunque sí han admitido que el recinto se encuentra cerrado al público hasta el próximo domingo.
Los que sí han empezado a dejarse ver han sido losantisistema. Medio centenar de ellos se han concentrado en el punto en el que los mossosy la Policía Local cortan el paso. Los antidisturbios han actuado para ponerlos tras las vallas de seguridad que se han instalado. Para esta tarde está prevista una concentración en contra de la presencia del Club Bildelberg en la localidad. El hotel Dolce Sitges es el más lujoso y nuevo de los muchos que hay en Sitges, en el espacio natural del Colls. Precisamente, estos días trabajan aquí un equipo de personal de un plan ocupacional de mantenimiento forestal, a los que hoy se les ha dado fiesta debido a la celebración del encuentro.
El Club Bilderberg celebra anualmente una conferencia privada durante varios días con más de un centenar de destacados dirigentes mundiales e influyentes personalidades de diversos sectores, que asisten sólo por invitación. El encuentro, que cada año se celebra en un país distinto, es privado y casi secreto, y la discreción sobre lo que se habla es total. La Reina asiste este año una vez más, como ya hizo en la reunión de 2009, que tuvo lugar en la capital de su país natal, Atenas (Grecia), y también en ocasiones anteriores.
Asistentes españoles
Entre los miembros españoles que suelen acudir anualmente a la convocaoria de este exclusivo grupo se encuentran el consejero delegado del grupo PRISA, Juan Luis Cebrián, el presidente de Acciona, José Manuel Entrecanales, o el ex ministro de Economía Pedro Solbes. Entre el resto de invitados que se esperan están la Reina Beatriz de Holanda; el director de la Organización Mundial del Comercio, Pascal Lamy; el presidente del Banco Central Europeo, Jean Claude Trichet; el ex secretario general de la OTAN, Jaap de Hoop Scheffer, según varios medios nacionales e internacionales
La primera conferencia del club tuvo lugar en el Hotel Bilderberg, cerca de Arnhem (Países Bajos), el 29 y 30 de mayo de 1954. Entre los principales impulsores figuran el ex ministro belga Paul Van Zeeland, el príncipe Bernardo de Holanda y el judío polaco y asesor político Joseph Retinger. Otros asistentes activos son el estadounidense Donald Rumsfeld, el irlandés Peter Shuderland o el ex presidente del Banco Mundial Paul Wolfowitz.
Listado en inglés de los asistentes a las reuniones del club Bilderberg (Wikipedia)
List of Bilderberg participants
From Wikipedia, the free encyclopedia
The following is a list of prominent persons who have attended one or more conferences organized by the Bilderberg Group. The list is currently organized by category. It is not a complete list and it includes both living and deceased people. Where known, the year(s) they attended are denoted in brackets.
Contents
[hide]
• 1 Royalty
• 2 Politics
o 2.1 United States
 2.1.1 Presidents
 2.1.2 Senators
 2.1.3 Governors
o 2.2 United Kingdom
 2.2.1 Prime Ministers
o 2.3 Belgium
o 2.4 Netherlands
o 2.5 France
o 2.6 Portugal
o 2.7 Finland
o 2.8 Iceland
o 2.9 Germany
o 2.10 Poland
o 2.11 Canada
o 2.12 Sweden
o 2.13 EU Commissioners
o 2.14 UN, WTO, NATO and other International Organizations
• 3 Military
• 4 Financial institutions
• 5 Major corporations
• 6 University, institute and other academic
• 7 Media
• 8 References

[edit]Royalty
 Queen Beatrix of the Netherlands (1997, 2000)[1][2]
 Prince Bernhard of the Netherlands (1954, 1975)[3][4]
 Prince Charles, Prince of Wales, United Kingdom (1986)[5][6]
 Juan Carlos I of Spain, King of Spain (2004)[7]
 Prince Philippe, Prince of Belgium (2007)[8]
 Prince Phillip, Duke of Edinburgh, United Kingdom (1965, 1967)[9][10]
 Queen Sofía of Spain[11]
[edit]Politics
[edit]United States


Map of countries by the number of politicians, which have attended one or more conferences organized by the Bilderberg Group
 George W. Ball (1954, 1993),[12] Under Secretary of State 1961-1968, Ambassador to U.N. 1968
 Sandy Berger (1999),[13] National Security Advisor, 1997–2001
 Hillary Rodham Clinton,[14] 67th United States Secretary of State
 Timothy Geithner,[15] Treasury Secretary
 Lee H. Hamilton (1997),[1] former US Congressman
 Christian Herter,[16] (1961, 1963, 1964, 1966), 53rd United States Secretary of State
 Charles Douglas Jackson (1957, 1958, 1960),[17] Special Assistant to the President
 Joseph E. Johnson[18] (1954), President Carnegie Endowment for International Peace
 Henry Kissinger[19] (1957, 1964, 1966, 1971, 1973, 1974, 1977, 2008),[20] 56th United States Secretary of State
 Colin Powell (1997),[1] 65th United States Secretary of State
 Condoleezza Rice,[14] 66th United States Secretary of State
 Lawrence Summers,[15] Director of the National Economic Council
 Paul Volcker,[15] Chair of the President's Economic Recovery Advisory Board and Chairman of the Federal Reserve from 1979–1987
[edit]Presidents
 Bill Clinton (1991),[21][22] President 1993-2001
 Gerald Ford (1964, 1966),[3][23] President 1974-1977
[edit]Senators
 Tom Daschle,[14] Senator from South Dakota 1987-2005
 John Edwards (2004),[24][25] Senator from North Carolina 1999-2005
 Chuck Hagel (1999, 2000),[26] Senator from Nebraska 1997-2009
 Sam Nunn (1996, 1997),[1] Senator from Georgia 1972-1997
[edit]Governors
 Rick Perry (2007),[27] Governor of Texas 2000-current
 Mark Sanford (2008),[28] Governor of South Carolina
[edit]United Kingdom
 Paddy Ashdown (1989),[29] former leader of Liberal Democrats, High Representative for Bosnia and Herzegovina
 Ed Balls (2006),[30] former Economic Secretary to the Treasury and advisor to British Prime Minister Gordon Brown and was Secretary of State for Children, Schools and Families (2007–2010)
 Peter Carington, 6th Baron Carrington (Steering Committee member) ,[31] former Foreign Secretary
 Kenneth Clarke (1993,[32] 1998,[33] 1999,[34] 2003,[35] 2004,[36] 2006,[37] 2008),[38][39] Chancellor of the Exchequer 1993-1997, Shadow Secretary of State for Business, Enterprise and Regulatory Reform 2008-2010, Lord Chancellor, Secretary of State for Justice 2010-current
 Robert Gascoyne-Cecil (Viscount Cranborne) (1997),[1] Leader of the House of Lords 94-97
 Denis Arthur Greenhill, Lord Greenhill of Harrow (deceased) (1974),[40]) former Head of Foreign and Commonwealth Office
 Denis Healey (founder and Steering Committee member),[31] former Chancellor of the Exchequer
 Peter Mandelson (1999,,[41] 2009[42] Business Secretary (2008–2010)
 John Monks (1996),[43] former TUC General Secretary
 George Osborne (2006,[44] 2007,[44] 2008[45] 2009[46]) Shadow Chancellor of the Exchequer (2004–2010), Chancellor of the Exchequer 2010-current
 David Owen (1982),[47] former British Foreign Secretary and leader of the Social Democratic Party
 Enoch Powell, (deceased) (1968),[48] MP and Ulster Unionist
 Malcolm Rifkind (1996),[43] former Foreign Secretary
 Eric Roll (1964, 1966, 1967, 1973–1975, 1977–1999) (Bilderberg Steering Committee),[49] Department of Economic Affairs, 1964, later Bilderberg Group Chairman
 John Smith (1989) (deceased),[50] Labour Party leader
[edit]Prime Ministers
 Tony Blair (1993),[21][32] Prime Minister 1997-2007
 Gordon Brown (1991),[22] Prime Minister 2007- 2010
 Edward Heath,[3] Prime Minister 1970-1974
 Alec Douglas-Home (1977–1980),[51] Chairman of the Bilderberg Group, Prime Minister 1963-1964
 Margaret Thatcher (1975),[52] Prime Minister 1979-1990
[edit]Belgium
 Paul-Henri Spaak, Former Prime Minister[53] (1963)
[edit]Netherlands
 Ruud Lubbers, Former Prime Minister[54]
 Wim Kok, Former Prime Minister[54]
 Jan-Peter Balkenende, Prime Minister[54]
[edit]France
 Gaston Defferre (1964),[55] member of National Assembly and mayor of Marseille (at the time)
 Georges Pompidou, Former Prime Minister of France, Former President of the French Republic[54]
[edit]Portugal
 Francisco Pinto Balsemão (1981, 1983–1985, 1987–2008),[8] former Prime Minister of Portugal, 1981–1983 and CEO of Impresa media group
[edit]Finland
 Eero Heinäluoma (2006),[56] former Chairman of the Finnish Social Democratic Party and he was the Minister of Finance between 2005 and 2007
 Jyrki Katainen (2007, 2009),[57][58] chairman of Finnish National Coalition Party (Kokoomus) and the current Minister of Finance
 Sauli Niinistö (1997),[1] former Minister of Finance (Finland), Speaker of Parliament
 Matti Vanhanen (2009),[58] Prime Minister chairman of (Suomen Keskusta)
[edit]Iceland
 Bjarni Benediktsson[59] (1965, 1970 etc.),[60] Mayor of Reykjavík 1940-47, Foreign Minister 1947-55, editor of The Morning Paper 1956-59, Minister of Justice and Ecclesiastical Affairs 1959-63, Prime Minister1963-70
 Björn Bjarnason[59] (1974, 1977),[61] Assistant editor of The Morning Paper 1984-1991, Minister of Education 1995-2002, Minister of Justice and Ecclesiastical Affairs 2003, 2009
 Davíð Oddsson[59] (ca. 1991-1999), Mayor of Reykjavík 1982-1991, Prime Minister 1991-2004, Foreign Minister 2004-2005, Central Bank governor 2005-2009, editor of The Morning Paper as of September 2009
 Einar Benediktsson[59] (ca. 1970), ambassador: OECD 1956-60, UK 1982-1986, European Union et al. 1986-1991, NATO 1986-1990, United States et al. 1993-1997, etc.[62]
 Geir Haarde,[63] Central Bank economist 1977-1983, member and chairman of the Parliament's Foreign Affairs Committee 1991-1998, Minister of Finance 1998-2005, Foreign Minister 2005-2006, Prime Minister2006-2009
 Geir Hallgrímsson[59] (ca. 1974-1977[61],[64] 1980[65]), Mayor of Reykjavík 1959-72, Prime Minister 1974-78, Foreign Minister 1983-1986, Central Bank governor 1986-1990
 Hörður Sigurgestsson,[59] former CEO of shipping line Eimskip, former chairman and CFO of Icelandair[66]
 Jón Sigurðsson[59] (1993), IMF Board of Directors 1974-1987, Minister of Justice and Ecclesiastical Affairs 1987-88, Industry and Commerce 1988-93, Central Bank governor 1993-94, Nordic Investment Bankgovernor 1994-2005[67]
[edit]Germany
 Guido Westerwelle (2007),[68] Chairman of the Free Democratic Party of Germany and Minister of Foreign Affairs of Germany.
 Helmut Schmidt, West German Chancellor[3]
[edit]Poland
 Józef Retinger (1954 to 1960), Founder and secretary of Bilderberg Group[4][69]
[edit]Canada
 Jean Chretien (1996),[43] Prime Minister of Canada, 1993–2003
 Stephen Harper (2003),[70] Prime Minister of Canada, 2006-current
 Mike Harris,[70] Premier of Ontario 1995-2002
 Bernard Lord,[70] Premier of New Brunswick 1999-2006
 Paul Martin (1996),[43] Prime Minister of Canada, 2003–2006
 Frank McKenna (2006),[71] Canadian Ambassador to the United States 2005-2006, Premier of New Brunswick 1987-1997
[edit]Sweden
 Carl Bildt (2006),[72] (2008),[72] (2009), Minister of Foreign Affairs 2006-
 Anders Borg (2007),[72] Minister of Finance 2006-
 Thorbjörn Fälldin (1978),[20] Prime Minister 1976-1978
 Maud Olofsson [2008),[72] Minister of Industry 2006-
 Fredrik Reinfeldt (2006),[72] Prime Minister 2006-
[edit]EU Commissioners
European Union Commissioners who have attended include:
 Frederik Bolkestein (1996, 2003),[73] former European Commissioner
 Pascal Lamy (2003)[73]
 Peter Mandelson (1999),[41] (2009),[42] former European Commissioner for Trade 2004-2008
[edit]UN, WTO, NATO and other International Organizations
 Alexander Haig (1978),[20] NATO Commander 1974-1979 (US Secretary of State 1981-1982)
 Lyman Lemnitzer (1963),[53] Supreme Allied Commander NATO 1963-1969
[edit]Military
 Colin Gubbins[74] (1955, 1957, 1958, 1963, 1964, 1966), head of the British SOE
[edit]Financial institutions
 Ben Bernanke (2008,[28] 2009),[42] Chairman of the Board of Governors of the United States Federal Reserve
 Wim Duisenberg, former European Central Bank President[54]
 Gordon Richardson,[75](1966, 1975) former Governor of the Bank of England
 William J McDonough (1997),[1] former President, Federal Reserve Bank of New York
 Jean-Claude Trichet (2009),[76] President of the European Central Bank 2003-current
 Paul Volcker (1982, 1983, 1986, 1987, 1988, 1992, 1997),[1] former Chairman of the Federal Reserve
 Siegmund Warburg (1977)[75]
[edit]Major corporations
 Percy Barnevik (1992–1996, 1997,[1] 2001), former CEO of ASEA
 Michel Bon,[77] former CEO of France Telecom
 Lord Browne of Madingley (1995, 1997,[1] 2004), Chief Executive BP
 Louis V. Gerstner, Jr.,[78] IBM Chairman
 H. J. Heinz II (1954),[18] CEO of H. J. Heinz Company
 André Lévy-Lang, (French)[77] former CEO of Paribas
 Jorma Ollila (1997,[1] 2005, 2008), Chairman of Royal Dutch Shell and Nokia Corporation
 Paul Rijkens (Dutch) Former Chairman of Unilever[54]
 Jürgen E. Schrempp (1994–1996, 1997),[1] 1998, 1999, 2001–2005, 2006, 2007), former CEO of DaimlerChrysler
 Hans Stråberg (2006),[72] CEO of Electrolux
 Peter Sutherland (1989–1996, 1997,[1] 2005), former Chairman of BP
 Martin Taylor[1] (1993–1996,[43] 1997), former CEO, Barclays
 Otto Wolff von Amerongen,[1] Chairman Otto Wolff GmbH.
 Jacob Wallenberg (2006),[72] Chairman of Investor AB
[edit]University, institute and other academic
 C. Fred Bergsten (1971, 1974, 1984, 1997),[1] President, Peterson Institute
 Thierry de Montbrial,[77] Director of the Institut Français des Relations Internationales
[edit]Media
 Nicolas Beytout, (French)[77] Editor of Le Figaro (France)
 Conrad Black (1981, 1983, 1985–1996)[43](1997),[79] Hollinger International, Inc., now in prison
 William F. Buckley, Jr. (1996),[80] columnist and founder of National Review
 Will Hutton[21] (1997), former CEO of The Work Foundation and editor-in-chief for The Observer
 Andrew Knight (1996),[31][43] journalist, editor, and media baron
 George Stephanopoulos (1996, 1997),[43] Former Communications Director of the Clinton Administration (1993–1996), now ABC News Chief Washington Correspondent
[edit]References
1. ^ a b c d e f g h i j k l m n o p "Bilderberg Meeting of 1997 Assembles". PR Newswire. 13 June 1997.
2. ^ Video showing DSK, Queen Beatrix and James Wolfensohn among others at Bilderberg 2000
3. ^ a b c d Welcome to ActivePaper
4. ^ a b "Obituary - Prince Bernhard of the Netherlands". The Times. December 3, 2004. "Bernhard's visits abroad provided the background for an enterprise which interested him greatly, the Bilderberg conferences at which, from 1954 onwards, statesmen, businessmen and intellectuals from Europe and America had private discussions once or twice a year. The idea of the conferences originated with Dr Joseph H. Retinger as a counter to the anti-Americanism in Western Europe."
5. ^ Jon Ronson (March 28, 2001). "Exposed: The Secret Club Of Powermongers Who Really Rule The World". The Mirror. "Prince Charles and Bill Clinton have been to sessions."
6. ^ Jean Stead (April 28, 1986). "Prince Charles attends meeting on South Africa". The Guardian (London). "The 34th Bilderberg conference ended at Gleneagles Hotel, Perthshire, yesterday after a debate on the South African crisis attended by Prince Charles. He arrived for the economic debate on Saturday and stayed overnight at the hotel."
7. ^ Mark Oliver (June 4, 2004). "The Bilderberg group". The Guardian (London).
8. ^ a b "'High Priests Of Globalization' In Istanbul". Turkish Daily News. May 31, 2007. "The Turkish state minister and chief negotiator, Ali Babacan, United Nations Development Programme (UNDP) Administrator Kemal Dervis, the Association of Turkish Industrialists and Businessmen (Tusiad) Chairwoman Arzuhan Dogan Yalcindag, Koc Holding Executive Board President Mustafa Koc and the Bogazici University rector, Prof Dr Ayse Soysal, will attend the meeting on behalf of Turkey. Queen Beatrix of the Netherlands, Queen Sofia of Spain, Crown Prince Philippe of Belgium, Greek National Economy and Finance Minister Yeoryios Alogoskoufis, former Prime Minister Francisco Pinto Balsemao of Portugal, former Foreign Minister Michel Barnier of France, Foreign Minister Carl Bildt of Sweden, Finance Minister Anders Borg of Sweden, Foreign Trade Minister Frank Heemskerk of the Netherlands, Finance Minister Jyrki Katainen of Finland, former US secretary of state, Henry Kissinger, Agriculture Minister Christine Lagarde of France, Justice Minister Michael McDowell of Ireland, International Monetary Fund (IMF) Managing Director Rodrigo de Rato, the EU commissioner for enlargement, Olli Rehn, and the US ambassador to Turkey, Ross Wilson, are among foreign guests of the meeting. Meanwhile, tight security measures were taken in and around the Ritz Carlton Hotel, the venue of the meeting."
9. ^ "Duke Of Edinburgh In Como Talks". The Times. April 03, 1965. p. 7. "The Duke of Edinburgh took part today in the opening session of the Bilderberg meeting at the Villa d'Este on Lake Como."
10. ^ "Court Circular". The Times. April 03, 1967. p. 12.
11. ^ Official List of Participants for the 2009 Bilderberg Meeting
12. ^ "George W. Ball Papers, 1880s-1994" (PDF). Princeton University Library. Archived from the original on 2007-06-24.
13. ^ "Text Of Remarks By National Security Advisor Samuel R. Berger To The Bilderberg Steering Committee; "Strengthening The Bipartisan Center: An Internationalist Agenda For America"". Federal News Service. November 4, 1999.
14. ^ a b c Are the people who 'really run the world' meeting this weekend?
15. ^ a b c "Conspiracists Push 'Bilderberger' Theory" March 15 2008
16. ^ "Herter, Christian Archibald, 1895-1966. Papers: Guide.". Houghton Library, Harvard.
17. ^ Aubourg, Valerie (2003). "Organizing Atlanticism: the Bilderberg group and the Atlantic institute, 1952- 1963". Intelligence and National Security 18:2: 92–105.
18. ^ a b Alden Hatch (1962). H.R.H.Prince Bernhard of the Netherlands: An authorized biography. London: Harrap. ISBN B0000CLLN4.
19. ^ Kenneth Maxwell (2004). "The Case of the Missing Letter in Foreign Affairs:: Kissinger, Pinochet and Operation Condor". David Rockefeller Center for Latin American Studies. Archived from the original on 2007-03-11.
20. ^ a b c "Western Issues Aired". The Washington Post. April 24, 1978. "The three-day 26th Bilderberg Meeting concluded at a secluded cluster of shingled buildings in what was once a farmer's field. Zbigniew Brzezinski, President Carter's national security adviser, Swedish Prime Minister Thorbjorrn Falldin, former secretary of state Henry Kissinger and NATO Commander Alexander M. Haig Jr. were among 104 North American and European leaders at the conference."
21. ^ a b c Bill Hayton (29 September 2005). "Inside the secretive Bilderberg Group". BBC.
22. ^ a b "Clinton; Tony and Gordon just have to work this out; The former president, who is expected to play a starring role at the Labour conference, talks to Toby Harnden about the party; its future and its leadership contest". The Spectator. September 16, 2006. p. 14. "In fact, Clinton, then governor of Arkansas and considered a rank outsider for the 1992 presidential race, first met Brown in June 1991 at the Bilderberg conference in the Black Forest resort of Baden-Baden. By all accounts, the two clicked."
23. ^ Mark Rich (2008). Hidden Evil. ISBN 9781435750104.
24. ^ U.S. Sen. John Edwards at Bilderberg. (06-JUN-04) UPI NewsTrack
25. ^ The Nation: Conspiracy Theorists Unite; A Secret Conference Thought to Rule the World
26. ^ Jackie Kucinich (May 12, 2005). "World leaders attend meeting that they won't talk about". The Hill. p. 4. "Several members of Congress have been said to be on the guest list in the past, including Sens. Kay Bailey Hutchison (R-Texas), Chris Dodd (D-Conn.), Jon Corzine (D-N.J.), Chuck Hagel (R-Neb.) and Evan Bayh (D-Ind.). Sen. John Edwards (D-N.C) took a break from the campaign trail to attend the meeting last year. Hagel's office confirmed that he had attended the conference in 1999 and 2000."
27. ^ Christy Hoppe (Thursday, May 31, 2007), Perry off to secret forum in Turkey, The Dallas Morning News, retrieved 2009-07-21
28. ^ a b "Why is our governor visiting this group". The Augusta Chronicle. June 19, 2008. p. 8. "Some of the names on the list are intriguing. Some of the well-known names include:Ben Bernanke - chairman, Board of Governors, Federal Reserve System; Condoleezza Rice - U.S. secretary of state; James A. Johnson - tasked with choosing U.S. Sen. Barack Obama's running mate; Paul Wolfowitz - with the Institute for Public Policy Research. The one name that stands out in my opinion this year is South Carolina Gov. Mark Sanford."
29. ^ Ian Aitken (May 26, 1989). The Guardian (London). "Mr Paddy Ashdown is not yet wholly at ease with the trappings of office, even if the office in question is only that of leader of the Social and Liberal Democrats. Attending the Bilderberg Conference of European political leaders in Spain last week, he was deeply impressed by the splendour of the official cars and the intensity of the security precautions laid on for his arrival. Reaching the conference headquarters at last, he sank into a chair and said to his neighbour: 'Hello, I'm Paddy Ashdown.' The neighbour smiled diffidently, put out his hand, and said: 'Hello, I'm the King of Spain.'"
30. ^ Telegraph.co.uk Taxpayers foot bill for Ed Balls 'junket'. Daily Telegraph
31. ^ a b c "Who pulls the strings?". London: The Guardian. 10 March 2001. Retrieved 2010-05-08.
32. ^ a b "Memorandum submitted by the Parliamentary Commissioner for Standards - Complaint against Mr Kenneth Clarke". United Kingdom Parliament. 11 July 1997. "Mr Clarke subsequently explained that he and Mr Blair considered that they were attending the conference as representatives of the Government and the Opposition respectively, and stated that 'I was quite confident that I was at the time meeting the rules applying to Ministers, and it did not occur to me that the new rules concerning registration could apply to this visit'."
33. ^ House of Commons - Register of Members' Interests, Commons Publications, 2 December 1998, retrieved 2009-07-21
34. ^ "Register of Members' Interests". 9 June 1999. "3–6 June 1999, to Portugal, to attend Bilderberg meetings. I paid for my own air fare; the hotel accommodation for three nights was paid for by the organisers."
35. ^ "Register of Members' Interests". 21 May 2003. "15–18 May 2003, to Versailles, France, to attend a Bilderberg Conference. I paid for my own air fare; the hotel accommodation for three nights was paid for by the organisers."
36. ^ "Register of Members' Interests". 8 June 2004. "3–6 June 2004, to Stresa, Italy, to attend Bilderberg Conference. I paid for my own air fare; the hotel accommodation for three nights was paid for by the organisers.",
37. ^ House of Commons - Register of Members' Interests
38. ^ "Register of Members' Interests - Kenneth Clarke". United Kingdom Parliament. 16 June 2008.
39. ^ "Kenneth Clarke:Full register of members' interests". London: The Guardian. Retrieved 2010-05-08. "5–8 June 2008, to Chantilly, Virginia, USA, to attend Bilderberg Conference. Hotel accommodation paid for by the conference sponsors. (I paid my travel costs.) (Registered 12 June 2008)"
40. ^ "'Atlantic world' theme for Bilderberg conference". The Times. April 19, 1974. p. 6.
41. ^ a b [http://www.publications.parliament.uk/pa/cm199900/cmregmem/memi19.htm British House of Commons - Register of Journalists' Interests
42. ^ a b c "Our man at Bilderberg". London: The Guardian. 19 May 2009. Retrieved 2010-05-08. "Mandelson's office has confirmed his attendance at this year's meeting: "Yes, Lord Mandelson attended Bilberberg. He found it a valuable conference.""
43. ^ a b c d e f g h John Deverell (May 31, 1996). "Vast array of international VIPs talk things over at secretive Bilderberg '96 in King City". The Toronto Star. "Lord Carrington, Conference chairman; former NATO secretary-general; Francisco Pinto Balsemao, Former prime minister of Portugal; Queen Beatrix, Netherlands; Lloyd Bentsen, Former treasury secretary, U.S.; Carl Bildt, The High Representative Sweden; Conrad Black, Chairman, Hollinger, Canada; Frits Bolkestein, Liberal party leader, Netherlands; Jean Chretien, Prime minister of Canada; Etienne Davignon, Executive chairman, Societe Generale de Belgique, Belgium; Stanley Fischer, International Monetary Fund; Charles Freeman, Former assistant secretary of defence, U.S.; Mike Harris, Premier of Ontario; Richard Holbrooke, Former assistant secretary of state, U.S.; Peter Job, Chief executive, Reuters Holding, Britain; Lionel Jospin, Socialist party leader, France; Henry Kissinger, Former U.S. secretary of state; Andrew Knight, News Corp., Britain; Winston Lord, Assistant secretary of state, U.S.; Paul Martin, Finance minister, Canada; Philippe Maystadt, Finance minister, Belgium; John Monks, Union leader, Britain; Mario Monti, European commissioner; Sam Nunn, U.S. senator; William Perry, Defence secretary, U.S.; Jan Petersen, Conservative party leader, Norway; Malcolm Rifkind, Foreign secretary, Britain; Renato Ruggiero, Director-general, World Trade Organization; Mona Sahlin, Member of parliament, Sweden; Klaus Schwab, President, World Economic Forum; Queen Sofia, Spain; George Soros, President, Soros Fund Management, U.S.; George Stephanopoulos, Senior adviser to the president, U.S.; Peter Sutherland, Former director-general, GATT and WTO, Ireland; J. Martin Taylor, Chief executive, Barclays Bank, Britain; Alex Trotman, Chairman, Ford Motor, U.S.; John Whitehead, Former deputy secretary of state, U.S.; James Wolfensohn, World Bank president."
44. ^ a b "Register of Members' Interests - George Osborne". United Kingdom Parliament. 3 July 2007.
45. ^ "Register of Members' Interests - George Osborne". United Kingdom Parliament. 16 June 2008.
46. ^ "Register of Member' Interests - George Osborne". United Kingdom Parliament. 27 May 2009.
47. ^ Ronson, Jon (10 March 2001). "Who pulls the strings? (part 3)". The Guardian (London). Retrieved 2009-07-04. ""During the Falklands war, the British government's request for international sanctions against Argentina fell on stony ground. But at a Bilderberg meeting in, I think, Denmark, David Owen stood up and gave the most fiery speech in favour of imposing them. Well, the speech changed a lot of minds. I'm sure that various foreign ministers went back to their respective countries and told their leaders what David Owen had said. And you know what? Sanctions were imposed.""
48. ^ "Heath asks nation to be calm, fair, responsible, constructive". The Times. April 29, 1968. p. 2. "The outstretched hand of Mr. Powell was rejected by the leader of a coloured delegation which tried to present a petition to him today at the ski lodge at Mont Tremblanc Quebec, where Mr. Powell was attending the seventeenth annual Bilderberg conference."
49. ^ "Register of Lords Interests - Lord Roll of Ipsden". United Kingdom Parliament. 1 October 2004. Archived from the original on 2008-02-07.
50. ^ Paddy Ashdown (November 2000). The Ashdown Diaries: 1988-1997. Allen Lane. ISBN 0713995106.
51. ^ "Twenty-fifth Bilderberg meeting held". Facts on File World News Digest. May 14, 1977. "Alec Douglas-Home, the former prime minister of Great Britain, chaired the conference, replacing Prince Bernhard of the Netherlands, who had previously headed the Bilderberg invitation committee. (Prince Bernhard had resigned all public positions after the 1976 Lockheed scandal.)"
52. ^ "News in Brief". The Times. April 26, 1975. p. 5. "Mrs Thatcher, the Conservative leader and Mr Healey, the Chancellor of the Exchequer, were among participants in the twenty second Bilderberg Conference."
53. ^ a b "Secret Meeting Held in Cannes". The Washington Post. March 30, 1963.
54. ^ a b c d e f Geschiedenis: Bilderberg-conferentie 1954
55. ^ "American Trip By M. Defferre Hope Of Meeting The President". The Times. Friday, Mar 20, 1964. p. 13. "The main purpose of M. Defferre's visit however, is to attend the annual Bilderberg Colloquy at which leaders of western thought are invited to speak their minds in the strictest secrecy."
56. ^ Valtiovarainministeriö: Heinäluoma Bilderberg-kokouksessa Ottawassa
57. ^ Valtiovarainministeriö: Katainen Bilderberg-kokoukseen Istanbuliin
58. ^ a b Tiedote
59. ^ a b c d e f g "Alþýðuflokksmaður boðinn í fyrsta sinn á Bilderbergfund". Morgunblaðið (The Morning Paper). 24 April 1993.
60. ^ Vefur Reykjavíkurborgar - Vefur Bjarna Benediktssonar
61. ^ a b Björn Bjarnason 13.9.2001
62. ^ Samtíðarmenn 2003
63. ^ Alþingi - 112. löggjafarþing, 277. fundur, fyrirspurn: greiðsla kostnaðar á fundaferðum ráðherra (Icelandic)
64. ^ Alþingi - 100. löggjafarþing, 88. fundur, 357. mál, utanríkismál (Icelandic)
65. ^ Wikileaks - Bilderberg meeting report Aachen, 1980
66. ^ [1]
67. ^ Alþingi - Æviágrip: Jón Sigurðsson (Icelandic)
68. ^ Westerwelle traf Gül - EU-Beitritt im Zentrum der Gespräche (German) Free Democratic Party of Germany. 30 May 2007.
69. ^ Sir Edward Beddington-Behrens (June 13, 1960). "Obituary - Mr. Joseph Retinger". The Times. p. 12.
70. ^ a b c Glen Mcgregor (May 24, 2006). "Ottawa to host top-secret meeting -- or maybe not: Rumours run rampant that ultra-influential Bilderberg to come here". Ottawa Citizen. "Several Canadian political figures have spoken at Bilderbergs, including prime ministers Pierre Trudeau and Jean Chretien, New Brunswick premiers Bernard Lord and Frank McKenna, and former Ontario premier Mike Harris. Prime Minister Stephen Harper's office would not say yesterday whether he has been invited to attend the rumoured Ottawa meetings. Mr. Harper attended the 2003 conference in Versailles, France."
71. ^ Robert Benzie (June 12, 2006). "Ontario to build nuclear reactors". The Toronto Star.
72. ^ a b c d e f g Svenska Dagbladet Näringsliv 2009-11-12
73. ^ a b "Answer given by Mr Prodi on behalf of the Commission". European Parliament. 15 May 2003.
74. ^ Valerie Aubourg (June 2003). Organizing Atlanticism: the Bilderberg Group and the Atlantic Institute 1952-63.
75. ^ a b Caroline Moorehead (18 April 1977). "An exclusive club, perhaps without power, but certainly with influence: The Bilderberg group". The Times.
76. ^ Charlie Skelton (May 18, 2009). "Our man at Bilderberg: I should be ashamed". Guardian. "He shows me another: a long-range shot of two happy globalists in an inflatable doughnut ring and Speedos, skidding about behind a powerboat. If only the image was sharper we might see Peter Mandelson snatching a chat with Jean-Claude Trichet, the president of the European Central Bank. "So how do we sell ... splooosh! ... wooo! ... the abolition of the pound to the ... sploosh! ... electorate? Again! Again! Once more round the bay!""
77. ^ a b c d Bruno Fay's blog on Le Monde
78. ^ STLtoday - St. Louis Post-Dispatch Archives
79. ^ Goddard, Jacqui (February 15, 2004). "Prufrock: Rulers of the world prepare to expel Black". London: The Sunday Times. Retrieved 2010-05-08. "The final straw came this month when Black said he would sue Henry Kissinger and Richard Perle, both directors of Hollinger and fellow Bilderbergers. Now he is going to be pressed to leave the group."
80. ^ "Leaders' meeting exclusive, secret: Chance for relaxed discussions". Hamilton Spectator (Ontario, Canada). June 1, 1996.
Categories: International nongovernmental organizations | Bilderberg Group | Lists of businesspeople